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terça-feira, 7 de setembro de 2010

«O Pentecostes sem o Espírito Santo» - 'Universidade 1968' - Georges Gusdorf



                                      

   La Pentecôte 
           sans 
   l'Esprit Saint
         ´Université 1968`
        Georges Gusdorf
Professeur à la Faculté des Lettres et des 
Sciences humaines de l'Université de Strasbourg
Professeur invité à l'Université Laval de Québec
Éditions  M. - Th. GÉNIN
Librairies Techniques
Pari- V
1969 Les Presses de L'Univesité Laval
Québec - Canada
209 pags
Esta obra foi publicada por
Presses de L'Université Laval
               no Quebec
             com o título
      « LA NEF DES FOUS»
        (A Nave dos Loucos)
           em Abril de 1969


Georges Gusdorf, prestigiado Professor Universitário francês, viveu na qualidade de Professor a experiência dos acontecimentos do Maio de 68, em França!

Autor à época de uma imensa obra, publicada pelas melhores editoras francesas, tais:
Flammarion, Labor et Fides, Payot, Seghers etc., procurou analisar os acontecimentos de um modo aprofundado, pois era pioneiro em questões do ensino e da profissão de professor, tendo publicado um livro, traduzido em várias línguas: «Pourquois des Professeurs?», Payot - 1963 e «L'Université en question», Payot - 1964

Pois, para espanto de todos nenhuma das suas editores habituais, aceitou publicar esta obra única! Teve de recorrer a uma editora de livros técnicos: «Èditions M-Th. Génin.
É assim que se trata a ´Diferença`! Desgostoso foi ensinar a convite no Canada!


´A Nave dos loucos
`
O Humanista de Estrasburgo Sébastien Brant, que viveu de 1458 a 1521, publicou em 1494 um poema satírico intitulado a ´Nave dos loucos` (das Narrenschift), que teve uma vasta
repercussão e foi logo de seguida traduzido nas principais línguas da Europa.

No clima alegórico do 'Carnaval Renano', o navio de Brandt, embarca, sob o comando de Madame Vénus, rainha das festividades, uma imensa carga de humanos, onde cada passageiro representa uma das categorias sociais.

A originalidade do poema de Sebastien Brandt,  reside na sua situação no espaço e no
tempo. O momento é aquele em que a Renascença, vinda de Itália, começa a fazer os seus efeitos na Europa do noroeste. Anuncia-se, um outro estilo de vida, uma nova espiritualidade, devido ao descrédito das disciplinas tradicionais. 

Em breve, em alguns anos, a 'Reforma' consagrará a renovação de todos os valores pela voz do jovem Lutero!

A própria Cristandade, lançada sem bússola e sem piloto entre as cada vez mais agitadas contradições, incertezas e dúvidas, que confirmará em seu ´Elogio da loucura` esse outro Renano, o grande Erasmo de Roterdão.

Hoje, afirma Gusdorf, no contexto do 'Carnaval' de todos os valores, o navio ébrio da Universidade, completamente desamparado, ameaça afundar-se. A tripulação amotinou-se: o estado-maior perdeu a cabeça; ninguém comanda. É a «Saison en enfer» (Arthur Rimbau), onde as própria verdades se tornaram loucas.

O naufrágio da Universidade não seria um sinistro como outro, um sinistro entre muitos. A Universidade é um dos lugares privilegiados onde a cultura se elabora e se transmite...

Nota:
Esta obra é o fio condutor da análise por mim elaborada em 1988, publicada neste ´Espaço`, com o título: «A irrupção do Maio de 68 ou o Pentecostes sem o Espírito Santo. Nessa análise se encontra descrito o fundo do pensamento de Gusdorf !

in Tempo - Aconselho o texto reformulado e corrigido, cujo título considero mais adequado!





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