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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

«Deus e a Psicanálise» -- Victor White, O. P. - Prefácio de C.G. Jung




          «DEUS 
  E A PSICANÁLISE»
     Victor White, O. P. 
 Prefácio de C. G.  Jung

Apêndice de Gebhard Frei
Tradução de Belmiro Narino Figueira
LIVRARIA MORAIS EDITORA
LISBOA, 1964
408 pags.
Título Original: ´GOD AND THE UNCONSCIOUS»
HARVILL PRESS
LONDRES, 1952




´Freud, Jung e Deus`, ´Demónios e Complexos` ; eis aqui nada mais nada menos, três dos apaixonantes temas tratados neste livro. 

A necessidade de diálogo entre a nova psicologia do inconsciente e a sabedoria e a fé tradicionais do mundo ocidental reconhecida por todos, porém até à data da publicação desta obra nada nem ninguém se tinha atrevido a um empreendimento desta natureza com tão sólido conhecimento de ambos os campos. 

Circunstâncias de índole pessoal introduziram o Padre Victor White no mundo da psicologia profunda, e o autor escreve com una experiência que não se pode aprender com a simples leitura de livros. O P. White comprovou que este encontro do antigo com o novo apresenta exigências consideráveis aos que cultivam ambos os lados dessa temática. Contudo o Autor convence-nos de que o empreendimento vale a pena e de que pode trazer contributos da maior importância para remediar os males que afligem o homem moderno. Esta tarefa corresponde de um modo especial ao pastor de almas e ao psicólogo, mas não pode ser indiferente a ninguém.

Este livro é o fruto de estudos do P. White sobre a matéria ao longo de doze anos. Os resultados são com frequência radicalmente originais e constituem um desafio a opiniões em regra aceites. Foram amplamente comparados com os avanços e teorias da escola de Munique, e  C. G.  Jung, no seu prefácio, concede ´um valor particularmente alto à efectiva compreensão`, da sua obra, que mostra o Autor e rende ´rasgados elogios` à sua ´extraordinária imparcialidade` . Mas o P. White demonstra-nos que não é um junguiano incondicional, de estrita observância, nem insensível à importância do trabalho realizado por outros no mesmo  terreno. 
Já bem conhecido como ardoroso cultor da ´philosophia perennis` , especialmente a representada por Aristóteles e São Tomás de Aquino, e também como sugestivo expositor da teologia católica, o Autor mostra o que esta pode oferecer à nova psicologia e o que dela deve aprender.
O livro dirige-se ao leitor em geral mais que ao especialista.!

Prefácio do Autor

Prólogo de C. G. Jung

I - O Crepúsculo dos Deuses
II - Os Deuses Mendigos
III - O Inconsciente e Deus
IV - Freud, Jung e Deus
V - A Froneiras da Teologia e da Psi-
      cologia
VI - Aristóteles, S. Tomás de Aquino e o Homem
VII - A Revelação e o Inconsciente
VIII - Psicoterapia e Ética
IX - O Analista e o Inconsciente
X - Demónios e Complexos
XI - Gnose, Gnosticismo e Fé
XII - O Deus que Morre

Apêndice: Da Psicologia Analítica - O Método e o 
                  ensino de C. G. Jung, por Geghard Frei

Glossário


http://skocky-alcyone.blogspot.com/2011/02/dios-y-el-inconsciente-god-and.html







domingo, 30 de janeiro de 2011

«O XÁ» - 'Exílio e morte de uma personagem intrigante'







      «LE SHAH»
   ´Exil et mort d'un 
personnage encombrant`

  William Shawcross

             «O XÁ» 
    'Exílio e morte de 
uma personagem intrigante'
Traduzido do inglês por 
Françoise Adelstain
Éditions Stock
Paris, 1989 
510 págs.
Título original: 
´The Shah's Last Ride`
Simon & Schuster Inc.
New York - 1988




Mohammad Reza Pahlevi (1919-80), Rei do Irão (1941), nasceu em Teerão em 26 de Outubro de 1919, sendo o mais velho filho de Reza Shah. Sucedeu ao pai  em 16 de Setembro de 1941.
Durante a 2ª Guerra Mundial a Grã-Bretanha e a URSS forçaram essa sucessão devido à Germanofilia do Rei.
Em 1951 o Primeiro Ministro, Dr. Mohammad Mossadegh decidiu nacionalizar aquela que hoje se denomina BP, levando a CIA de acordo com Reza a fazer um golpe de Estado que derrubou o homem de grande inteligência e cultura a ser julgado em 1953. 
Em 1967 Reza Pahlavi coroou-se a si próprio como Rei dos Reis (Imperador do Irão). Os EUA da América deram todo o apoio a um homem sedento de poder e convencido de ter um papel histórico que fizesse regressar o atual Irão à magnificência da antiga Pérsia. O receio dos Islamitas de um regresso ao Zend-Avesta levou os Ayatolla a tomá-lo como inimigo a abater. Criou uma omnipotente polícia secreta, a Savak, que reprimia com mão de ferro quem se opunha.
O Ayatolla Komeini teve de refugiar-se em França, de onde regressou em 1979, levando ao levantamento e insurreição do povo iraniano e ao derrube e exílio do ditador. Iniciou-se assim a República Islâmica do Irão, que cercou, invadiu e aprisionou os funcionários da Embaixada Americana, incluindo o Embaixador...

Em suma uma humilhação para os EUA e para o seu presidente James Carter!


O jornalista de investigação William Shawcross do famoso ´Sunday Times`, amplamente conhecido e respeitado, decidiu proceder a uma investigação para o esclarecimento do que esteve na origem do derrube do Shah e das suas desventura no exílio ( 16 de Janeiro de 1979 a 27 de Julho de 1980), nas 510 págs. desta obra poderemos seguir a par e passo, essa tragédia e com a vantagem de a investigação nos permitir conhecer perspetivas de reexame retrospetivo de toda uma importante era e tema. 
Eis o relato desses 18 meses e dum alucinante périplo imposto a um monarca todo-poderoso, mas proscrito


O Egipto- o seu grande amigo Sadat acolhe-o, esperando que os EUA o recebam.
Marrocos- aí faz uma escala acolhido por Hassan II que receando represálias o remete para Carter, que por sua vez acha melhor que vá para as Bahamas.
Bahamas- Kissinger e Rockefeller, seus amigos, arranjam-lhe um abrigo.
O México- daí terá de partir para New York onde procurará tratar-se da doença que o mina. 
O Panamá- daí parte precipitadamente, sob a ameaça de ser extraditado para o Irão
Regresso ao Egipto- Para aí morrer.


Trata-se de um extraordinário documento pleno de estupefactas revelações!

William Shawcross narra nomeadamente: 
Como, entre 1975 e 1979, um professor de medicina francês fez ´incógnito` 38 viagens de ida e volta Paris-Teerão.
Qual foi o verdadeiro papel da polícia secreta iraniana, a Savak.
Como e porquê, foi um célebre cardiologista americano que procedeu à ablação do baço de Shah, quando não era essa a sua especialidade.


Em suma, uma  investigação magistral, repleta de quadros inolvidáveis, que permitem compreender a história e as peripécias do caso analisado.


Faço votos que os livros agora postados façam refletir sobre a história que vivemos, e a consequência
dos erros e deficientes avaliações do concreto vivido na região do Próximo e Médio Oriente!


http://en.wikipedia.org/wiki/Iranian_Revolution
http://www.mohammadmossadegh.com/
http://www.iranchamber.com/history/mohammad_rezashah/mohammad_rezashah.php
http://danielclairvaux.blogs.nouvelobs.com/archive/2010/08/14/mohammad-reza-pahlavi-le-dernier-achemenide-1919-1980-3.html












´Alah é Grande` - 'Encontros com a revolução islâmica'




     
      «Alá es grande» 
'Encuentros con la revolución islámica'
       Peter Scholl-Latour

Tradução do alemão por 
Alfonsina Janés Nadal
Coleção: ´Al filo del tiempo`
Dirigida por José Pardo
Procedência das ilustrações: 
Horst W. Auricht, Estugarda
Editorial Planeta S. A. 1984
Primeira edição: Maio de 1984
Depósito legal: B. 15.988-1984
ISBN 3-320-4745-7
464 págs.
Título original: ´Allah ist mit den Standhaften`
Deutsche Verlag-Anstalt , Stuttgart, 1983
ISBN 3-421-061138-6


Ilustração da capa: 
O Ayatollah Komeini e o autor

Prosseguindo o notável êxito da crítica na Alemanha da ´Morte no arrozal` (300.000 exemplares) sem contar as edições de bolso e as edições ´club`, Peter Scholl-Latour oferece-nos nesta obra de grandes proporções, uma reportagem modelo! Uma reportagem apenas possível de escrever a um homem da sua cultura e experiência orientalistas, da sua capacidade como jornalista e repórter e do seu brilhante estilo!

Scholl-Latour aprendeu a língua árabe na pequena aldeia donde era oriundo Amin Gemayel, que foi chefe de Estado do Líbano. O conhecimento da língua árabe abriu-lhe muitas portas e facilitou-lhe muitos contactos. Se a tudo isto acrescentarmos os seus agudos dotes de observador e o seu profundo conhecimento e compreensão da idiossincrasia dos crentes islâmicos, teremos  a explicação para o facto pouco frequente dos seus sucessivos livros terem estado no topo da lista de best-sellers ´non fiction` da ´Der Spiegel`.

Neste seu livro de vulto, Scholl-Latour apresenta um riquíssimo, vivo e apaixonante panorama do importante movimento islâmico. Precisamente por o ter vivido ao longo de três décadas, e por conseguinte ser um excelente conhecedor das causas históricas deste fenómeno.
Esta obra aborda nada mais, nada menos que vinte cenários: Irão, Afeganistão, Israel, Síria, Jordânia, Egipto, Arábia Saudita, Yemen, Iraque, Marrocos, Tunísia, Argélia, Líbia, Sinkião, Indonésia, repúblicas islâmicas da ex-URSS e Turquia. 

Scholl-Latour põe em evidência ao longo desta sua obra o que realmente constitui a chave que permite a compreensão de quanto acontece no mundo islâmico: o ressurgir da doutrina de Maomé, não apenas como inspiradora de uma religião, mas também de certas formas de vida. O autor deixa bem claro que no Islão não pode nem deve separar-se a política da religião e que a revolução islâmica está ligada e religada ao passado!

Trata-se, em suma, do facto de que o fundamentalismo islâmico propugna pelo retorno ao passado, ao retorno à sua própria cultura, frente ao ocidentalismo e ao laicismo.


Peter Scholl-Latour, nasceu em Bochum em 1924: foi aluno do Colégio St. Michel de Friburgo - Suiça e de Wilhems-Gymnasium em Kessel. Estudou nas Universidades de Mogúncia, Paris e Beirute, tendo praticado na última, disciplinas árabes. Doutorado em Filosofia e Letras, iniciou a profissão de jornalista em 1959.


http://es.wikipedia.org/wiki/Peter_Scholl-Latour
http://www.webislam.com/?idt=16413
http://emboscado.blog.com/page/2/
http://skocky-alcyone.blogspot.com/2008/11/ontem-portugal-e-tragdia-do-kosovo-hoje.html


«O Febril Mundo Muçulmano»





«LA GRANDE FIÈVRE 
               DU 
MONDE MUSULMAN»
      Philippe Rochot

Depósito legal: 1º trimestre 1981
ISBN: : 2-86262-099.8
Le Sycomore
Paris, 1981
215 páginas


O mundo muçulmano constitui a grande surpresa de estar na linha da frente do mundo atual. E isso deve-se, não só ao acontecimento de enormes proporções e consequências da revolução islâmica no Irão e das mutações políticas que provocou, mas também pela força que representa.
Em nome do Islão, erguem-se homens para lutar contra  poderes que não correspondem às suas aspirações e à sua identidade profunda!...

A expansão do mundo muçulmano inquieta as grades potências e os seus interesses económicos e estratégicos. Na China as minorias islâmicas tentam emergir de uma longa noite. Na África, as conversões multiplicam-se e levam a pensar que o futuro do continente negro pertence ao Islão.

No Próximo e Médio Oriente as surpresas sucedem-se de dia para dia, à revelia das previsões dos´mandarins` que governam o chamado mundo ocidental e Rússia!... Nestes últimos anos e dias foi
possível assistir em direto pelos ´media` a atitudes inviáveis no nosso ´mundo` secularizado!

Contudo, esta expansão acontece frequentemente no ´delírio` do excesso, na violência e paixão, conduzidas por dirigentes que a si mesmos se consideram como os novos profetas do mundo islâmico ou que por vezes se servem do Islão para melhor impor o seu poder.

Por caminhos de uma crise profunda de identidade, o Islão conhece um progresso incontestável e 
nos tempos acuais provoca inquietação a milhões de homens.


Philippe Rochot, grande repórter da France Inter e de seguida da Antenne 2 fez a cobertura da maioria dos acontecimentos que sacudiram o mundo muçulmano. Nomeadamente viveu mais de 
um ano nas próprias raízes do Islão, quer dizer, na Arábia Saudita em 1970, numa época em que poucos estrangeiros eram autorizados a penetrar nesse país. Aí voltou para a sucessão do rei Faiçal e após os trágicos acontecimentos ocorridos da mesquita da Meca. 

O seu testemunho é por isso um experiência viva e vivida!


http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/polit_0032-342x_1981_num_46_3_3077_t1_0744_0000_2


http://fr.wikipedia.org/wiki/Philippe_Rochot

sábado, 29 de janeiro de 2011

«Irão a revolução em nome de Deus» - 'O Espírito num mundo sem espírito'








                     Irão: 
          a revolução 
em nome de Deus
     Claire Brière 
                         e 
Pierre Blanchet
 
Seguido de uma entrevista feita pelos autores a 
Michel Foucault:
 ´O Espírito num mundo sem espírito`

Tradução: 
Paula Reis
Coleção 
´Mundo Imediato`- 5
Capa
Vitorino Martins
Plano Gráfico
J. Matos
1ª Edição, Março de 1980
nº de edição 910
Moraes Editores

Título original: 
Iran: La Révolution au Nom de Dieu
Éditions du Seuil, 1979


ao Comité
para a promoção 
dos direitos do homem
e da liberdade
no Irão



Um povo inteiro que, de mãos nuas, frente às metralhadoras de um exército superequipado, consegue após um ano de manifestações a deposição e partida do mais sólido dos ditadores, é um acontecimento que se não vê todos os dias.

No momento em que os esquemas clássicos e tradicionais da luta armada são postos em causa, há que perguntar os motivos.

Que força impeliu o povo iraniano de modo a conseguir destronar o Xá sem dar um tiro?

Terá sido a força de uma espiritualidade reencontrada através duma religião, o islamismo chiita?

Essa fusão de um povo inteiro com a tradição islâmica inicia uma revolução ou um regresso ao passado?

A interferência da espiritualidade na política não virá sobrecarregada de uma nova intolerância?

Neste livro podemos talvez encontrar algumas respostas chaves para interpretar esse abalo que sacudiu todo o Irão e se arrisca a abalar o equilíbrio mundial.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

«Trotski - O Profeta Banido» - Isaac Deutscher








«TROTSKI - O PROFETA 
                       BANIDO» 
                 (1929-1940)
      ISAAC DEUTSCHER

Tradução de VALTENSIR DUTRA
Edição ilustrada
Desenho de capa: Marius Lauritzen Bern
DOCUMENTOS DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA
Volume 41b (561 págs.)
EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILERA
RIO DE JANEIRO, 1968
Título original: 
   ´THE PROPHET OUTCAST`
                   TROTSKY: 1929-1940
OXFORD UNIVERSITY PRESS, 1963




«SOMOS SEMELHANTES A HOMENS QUE TENTARIAM ESCALAR UMA MONTANHA E SOBRE OS QUAIS DESABARIAM SEM CESSAR AVALANCHES DE PEDRAS E DE NEVE»
                                                                                                            LEÃO TROTSKY. 1939



De facto, Trotsky quando no exílio, teve a notícia da capitulação dos seus companheiros de luta,
especialmente os da ´Oposição de Esquerda`, na luta contra J. Estaline escreveu no seu diário:
´Eu creio que neste momento, apesar de extremamente insuficiente e fragmentário, exerço a tarefa mais importante da minha vida; ainda mais do que em 1917 e na guerra civil`.
Esta nota é a afirmação peremptória de que jamais capitularia! Não abandonaria o terreno do combate. Caminharia até ao termo dando a sua vida, como de facto aconteceu.
O maior elogio que lhe poderia ser feito veio da boca de um adversário, Bukharini, sentenciado à morte no Processo Píblico de 1938; depois de uma altercação com o Procurador-Geral, Vychinski, a propósito da Lógica de Hegel, proclamou com desassombro: ´É preciso ser Trotsky para não desistir!`
Este terceiro volume - ´O Profeta Banido` , compreende o período de 1929 a 1940, isto é, desde a sua chegada à Turquia (Ilha de Prinkipo, no Mar da Mármora) até ao seu assassinato em Coyacan, México, pais cujo presidente, Lazaro Cardenas, teve a generosidade de receber o ´homem sem passaporte`! 
São os anos mais árduos, difíceis e heroicos da vida de L. Trotsky. Não se trata de um qualquer revolucionário banido do seu país. Trata-se daquele que dirigiu a revolução russa e levou os bolchevistas ao poder.
Não é coisa do acaso que o jornal da ´Action Française` se tenha regozijado com a sua morte e tenha elogiado Estaline por ter eliminado ´esse hebreu`.
Exilado, mantém-se fiel à União Soviética e apoia a sua defesa incondicional . É o bastante para se unirem contra ele a burguesia das nações de democracia liberal, os fascistas e a Rússia de Estaline!
Trotsky não se deixa silenciar, apesar da pressão que vem de todos os lados. A ação de esclarecimento sobre os crimes de Estaline antecipa em muitos anos as denúncias de Kruschev e de Chelepine, respetivamente nos XX e XXII Congressos do PCUS (1956 e 1961).
Forma-se a ´Comissão Dewey` que prova as falsificações e embustes dos processos de Moscovo. É a  partir dos EUA  que será mais apoiado, pois o país de John Reed tem uma esquerda de número reduzido, mas muito esclarecida e é nessa democrática nação que se formou o maior partido da ´linha` política de Trotsky, aderente à IV Internacional e seguindo o documento guia dessa organização, o ´Programa de Transição` : o ´Socialist Workers Party`!
Trotsky será assassinado na sua residência de Coyacan por Ramon Mercader, aliás Frank Jackson ou ainda Jacques Monard...
Da Rússia à Turquia, à França e à Noruega...morre no acolhedor México em Agosto de 1940. 
O  assassino, libertado em 1960, partiu em direção à URSS, com escala em Cuba, sendo condecorado como herói da URSS!

«Trotski - O Profeta Desarmado» - Isaac Deutscher






   «TROTSKI - O PROFETA 
                         DESARMADO» 
                 (1921-1929)
ISAAC DEUTSCHER

Tradução de VALTENSIR DUTRA
Montagem de capa: Marius Lauritzen Bern
DOCUMENTOS DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA
Volume 41a (520 págs.)
EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA
RIO DE JANEIRO, 1968
Título original: ´THE PROPHET UNARMED»
                     TROTSKY: 1921-1929
OXFORD UNIVERSITY PRESS, 1959




´O Profeta Desarmado` abrange toda a luta e conflitos internos no Partido Comunista (b) da União Soviética , após a grave doença e morte de Lenine. O abalo e confronto entre Trotsky e Zinoviev, Kamenev e Estaline, volta à tona de um modo claro e seguro nas páginas de Isaac Deutscher .

Pormenorizada e minuciosamente é narrado o drama de uma luta sem tréguas, de forma viva e palpitante de emoção política! Neste volume pode apreciar-se à lupa o drama-trágico de uma luta sem tréguas nem quartel que culmina com a queda e o exílio de Leão Trotsky.

Uma interrogação se levanta a todos os que acompanharam e estudaram o desenrolar da Revolução russa: Qual o motivo e razão que levaram Trotsky a ser afastado e perder o poder? 

À primeira vista, e numa abordagem imediata da situação, L. T. parecia ter todos os trunfos para vencer: prestígio popular, o papel desempenhado como Comissário da guerra e a sua dedicação aos problemas da economia...Aquele que dirigira a insurreição de Outubro e organizara de modo brilhante o Exército Vermelho, andando de um lado para o outro, num frenesim, no seu famoso comboio, definido por Lenine como o mais capaz do Comité Central e o mais indicado para lhe suceder, não como burocrata, antes como o teórico da Revolução. Então qual a razão da vitória de Estaline?!

Quem ler a carta que Joffé escreveu a Trotsky, antes de se suicidar e ler atentamente a crítica de
Lenine, acusando L. T. de se ter deixado encantar pelo ´lado administrativo das coisas` , bem como  a conhecida sobranceria e dificuldade em se integrar em trabalho de grupo, talvez encontre algumas razões.

Trotsky procura explicar o problema da seguinte forma: «Em 1924. Estaline era desconhecido e não gozava de popularidade mesmo nas fileiras da burocracia. A nova casta dirigente (´Nomenklatura`) tinha a esperança de que Estaline tomasse a defesa dos seus privilégios. 

Neste sentido não foram poucos os esforços que se fizeram. A burocracia inclinou-se decididamente para o lado de Estaline quando compreendeu que eu não tinha a intenção de defender os seus interesses contra o operariado. Pelo contrário: estava disposto a defender os interesses dos operários contra a burocracia. Então fui declarado ´traidor` . Esta denominação vinda da voz da casta privilegiada é um testemunho da minha lealdade à causa da classe operária.»

Esta explicação de Trotsky é puramente interpretativa, de natureza teórica. Na sua autobiografia,
´A Minha vida`, descreve a luta contra Estaline de forma sucinta e superficial. Não entra em pormenores. Fala como parte, dizendo apenas o que lhe convém. 

Isaac Deutscher que estava numa posição privilegiada, pois tinha acesso ao imenso arquivo de Trotsky, descreve de maneira pormenorizada e real a luta interna entre Totsky e outros, que não só Estaline. Dá-nos a conhecer os erros e falhas de Trotsky num conflito de grandes proporções. 

Revela os momentos de indecisão e de omissão. Mesmo de subordinação aos adversários. Sabe-se já há muitos anos que escrevia contra as acusações quando a publicação era livre para os membros da direção do Partido, e acabava poa não os entregar esses escritos para publicação...na autobiografia afirmava ter sido impossibilitado por doença!!!

Deutscher aponta as oportunidades perdidas como a aliança que Lenine lhe propôs no caso da Geórgia. Quando finalmente se decidiu lutar a sério...era tarde!

Neste volume surgem estupendos perfis de Kamenev, Zinoviev, Bukharine, Radek, Rikov, Molotov e demais dirigentes, Realça as mais destacadas figuras do mundo intelectual, como Maiakovsky e Alexandre Block.

´O Profeta Desarmado` abrange um período que vai dos primeiros anos da Nova Política Económica (NEP)  até à deportação para Alma-Ata, no Casaquistão em 1928 e finalmente a expulsão para a ilha de 'Prinkipo' no mar da Mármara, em 1929. De aí em diante começa o longo exílio do Homem que escreveu ´O Planeta sem passaporte (visto)` !...




«Trotski - O Profeta Armado'» - Isaac Deutscher






«TROTSKI - O PROFETA 
                       ARMADO» 
      (1879-1921)
    ISAAC DEUTSCHER
 
Tradução de VALTENSIR DUTRA
 Desenho de capa: Marius Lauritzen Bern
 DOCUMENTOS DA HISTÓRIA 
                    CONTEMPORÂNEA
 Volume 41 (581 págs.)
EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA
RIO DE JANEIRO, 1968

Título original: ´THE PROPHET ARMED`
                       TROTSKY: 1879-1921
OXFORD UNIVERSITY PRESS, 1954


Poucas personagens históricas foram tão ampla e amargamente discutidas como Leão Trotsky (Lev Davidovitch Brostein). Foi quase apagado, riscado, ignorado, durante trinta anos da história oficial da Revolução russa. Ainda hoje, após a chamada destalinização, não é encarado pela maioria das pessoas como pede e obriga o seu enorme, gigante papel na História!

A finalidade do malogrado e muito querido Isaac Deutscher, falecido inesperadamente em 1967, 
quando estava a preparar a Biografia de Lenine foi, sem dúvida a de restabelecer. no que estava ao seu alcance, a verdade! 

Tarefa imensa essa, só possível pela amizade crítica que o ligou ao organizador do Exército Vermelho, como o recurso de que dispôs, por autorização de Natalia Sedova, viúva de Trotsky, em consultar a título excecional as fontes de documentos disponíveis, nomeadamente o acesso aos arquivos pessoais de Trotsky, na ´Houghton Library` da Universidade de Harvard. Foi uma autorização única, excecional, pois L. T. deixou explícito só poderem os arquivos ser consultados cinquenta anos após a sua morte (de facto, o seu assassinato!) , a fim de evitar a perseguição e punição dos que com ele se relacionaram clandestinamente.

I. Deutscher teve de consultar os ´dossiers` da polícia tzarista (Okhrana), passando pela coleções de jornais revolucionários clandestinos anteriores a 1917. Deste modo e pela primeira vez, a fisionomia do companheiro de Lenine, do primeiro diplomata da Revolução, do fundador do Exército Vermelho,  surgem na ´trilogia` de que a presente obra é o primeiro volume, em toda a autenticidade.

Um dos aspetos fundamentais da vida de Leão Troysky por Isaac Deutscher é a imparcialidade
do biógrafo. 

I.D. não é dado a romantismos, nem a panegíricos do homem que admirava, mas que também criticava (especialmente ao desaconselhar a formação da IV Internacional). Por conseguinte a admiração por Trotsky não beliscou a faceta crítica da gigantesca obra.

A obra de Deutscher divide-se em três partes - ´O Profeta Armado`, ´O Profeta  Desarmadio` e o ´Profeta Banido`

´O Profeta Armado`, vai de 1879 a 1921, isto é, do nascimento de Trotsky à guerra civil, na Rússia, após a tomada do poder pelos bolcheviques. No apêndice, encontram-se algumas notas preciosas sobre os escritos militares de Trotsky na guerra civil e na organização do exército vermelho, onde se vê que o estratega e o tático, no campo militar, têm a mesma grandeza do teórico marxista e do ativo dirigente da revolução de 1905 e de 1917. Abrange a formação dos partidos revolucionários, as grandes polémicas. Neste volume, encontram-se a revolução de 1905, a revolução de fevereiro e a revolução de outubro de 1917. A teoria da ´Revolução Permanente»  é posta em prática com a transformação histórica da revolução burguesa em revolução proletária.

Disse Estaline, na «Pravda»: «Todo o trabalho para a organização da insurreição foi realizada sob a direção imediata de Trotsky, Presidente do Soviete de Petrogrado. Pode afirmar-se, com toda a certeza, que a rápida passagem da guarnição para o lado do 'Soviete' e a hábil organização do Comité de Guerra revolucionário, o Partido o deve antes de tudo ao camarada Trotsky.»


http://skocky-alcyone.blogspot.com/2008/11/tctica-estratgia-espao-tempo-guerrilha.html



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

«Miscellania Hellenico-Litteraria» - Offerecida aos Estudantes da 2ª Cadeira no ´Cusrso Superior de Letras`



«MISCELLANEA HELLENICO-LITTERARIA»
´OFERECIDA AOS ESTUDANTES DA 2ª CADEIRA DO
«CURSO SUPERIOR DE LETRAS»
Pelo Professor da mesma Cadeira
ANTÓNIO JOSÉ VIALE
Do conselho se Sua Magestade
Sócio effectivo da Academia real das Sciencias
LISBOA
IMPRENSA NACIONAL
       1868


«Foi com muita alegria que me foi dado constatar que a obra acima referida, e da qual reproduzimos a capa, foi digitalizada pela «Google» e posta ´online` à disposição dos interessados!»

Quando em Julho de 2007 fiz referência a esta obra no espaço http://skocky.spaces.live.com/ , intitulado ´Espaço de Alcyone`,  (Windows Live) a mesma obra nem sequer aparecia referenciada na Internet! 
Depressa me apercebi que, por falta total de experiência, estava a ´postar` num espaço eminentemente ´social` de beijinhos e abraços, onde a informação cairia em saco roto não fora o interesse de divulgação da informação da ´Google` , através do deu magnífico browser! 
Como a empresa onde ´postava` se lembrou de me massacrar com um tal ´filtro de segurança` , quando em minha residência só habitam dois adultos, a minha mulher e eu próprio, num acesso de fúria destruí uma parte do dito ´espaço` , tendo-me sido assegurado que continuaria  a existir! Foi com surpresa que constatei quererem mudar a designação anterior para o meu próprio nome, além de me obrigarem a outro ´url` : http:/fanagalozuidafrika.spaces.live.com . Fiquei desiludido e como ´blogava` já há tempos os  títulos dos ´posts` para a ´blogger` da Google, tomei a decisão de me mudar para lá com armas e bagagens!
Entretanto tinham-me chamado a atenção para um novo espaço ´social` , agora muito em voga, e que se aproveita do facto (estou a falar da minha experiência) de consentir que se chegue a quase 5.000 contactos e e num esfregar de olho nos dizem ter esse espaço ido às malvas!!!... Quer dizer, centenas de fotos, de ´posts`, de trabalho ´ficou tudo para a dita cuja`... Ainda por cima os milhares de contactos do primeiro espaço não podem ser acedidos pela Google e contudo o tal espaço ´social` beneficia dessa autorização, sendo que começou a concorrer com as companhias de informação e de serviço público como a Google!


Quanto a esta obra e para que não haja dúvidas: 
http://cid-91842e3dfb79e090.photos.live.com/self.aspx/13-7%20%C2%ABLIVROS%20QUE%20SERVIRAM%20AS%20ELITES%20DO%20PASSADO%20E%20QUE%20N%C3%83O%20EST%C3%83O%20DEVIDAMENTE%20RECENSEADOS%C2%BB/SKOCKY%20125.jpg#resId/91842E3DFB79E090!1167




«HOMERO e DANTE» ( Miscellanea Hellenico-Litteraria )


12 Jul 2007
António José Viale decidiu estabelecer um paralelo entre HOMERO e DANTE. Como é invulgar daremos parte da explcação dada pelo nosso Professor: «Entre as duas epopeias de Homero e a «Divina Comédia» de Dante parece , à primeira vista, ...
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  1. Uma Antologia de Textos da Literatura da GRÉCIA ANTIGA


    11 Jul 2007
    ... que há muitos anos foi por nós adquirida no Alfarrabista, acrescido do facto de o compilador do livro, ANTONIO JOSÉ VIALE, também não constar na mesma NET, decidimos dar parte dessa recolha. «MISCELLANEA HELLENICO - LITTERARIA» ...
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  2. «MISCELLANIA HELLENICO - LITTERARIA»


    11 Jul 2007
    Uma parte das diferentes peças de que se compõe a presente «MISCELLANEA», já estava publicada em diversos periódicos, ou-. tras vêm a lume pela primeira vez. Para todas pede o autor a indulgência dos entendedores. ...
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    Postei a capa porque a digitalização da ´GOOGLE` não a reproduz. O livro está em:

«Antropologia Sexual» - Abel Jeannière






«ANTROPOLOGIA 
  SEXUAL»
 Abel Jeannière

Tradução de José Lavradio
´Temas e Problemas` - 2
Livraria Morais Editora
Lisboa, 1965
237 págs.
N.º ed.: 181


Título original: 
´Anthropologie Sexuelle`
Éditions Aubier Montaigne
Paris. 1964



«A mulher em si não existe. Não existe o eterno feminino. Mas se a dualidade dos sexos não pode ser reduzida a um fenómeno de natureza, o certo é que também não provém apenas da história das civilizações. Uma verdadeira antropologia não põe a descoberto a ´natureza` senão numa sociedade concreta, onde a cultura apenas se torna humana suscitando novos riscos de ´desnaturar o homem e a mulher.»

O Autor vai ao encontro de diversas opiniões e diversas conceções do problema, para as discutir ao longo da presente obra, que constitui sobretudo uma construção antropológica positiva:
descobre as repercussões e o significado da sexualidade ao nível do encontro homem-mulher.

A sexualidade é o ´próprio lugar da ambiguidade, o lugar onde se misturam e se chocam uma voz das origens. aquém e através da linguagem infantil, e a palavra humana que organiza a sua história`; ela é aqui encarada por si mesma na linha do seu desenvolvimento ótimo.

Abel Jeanniére, foi professor de filosofia política e redator.



NOTA: Esta obra mereceu uma tradução para inglês: «The Anthropology of sex» !


http://www.springerlink.com/content/m5335g76625839n5/
http://books.google.pt/books?id=wfNBQP2UaMEC&pg=PA1016&lpg=PA1016&dq=anthropologie+sexuel+abel+jeanniere&source=bl&ots=sUiFiE_ric&sig=KboZsKAAWzwB08yJ18g6UD4ABsQ&hl=pt-PT&ei=KbdATefTFs6ChQes8f3mCA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=10&sqi=2&ved=0CFwQ6AEwCQ#v=onepage&q&f=false

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