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terça-feira, 2 de outubro de 2012

«Dicionário Político do Ocidente» - António Marques Bessa

«Estará o povo português preparado para se defender da agressão ideológica? E da linguagem utilizada pelo inimigo? É essencial dominar as palavras políticas. Fundamental aumentar a capacidade dialética. Este dicionário será a sua arma de defesa e de ataque.» 

COLABORAÇÃO ESPECIAL DE:

Prof. Adriano Moreira
Prof. Borges de Macedo
Dr. Jaime Nogueira Pinto
Dr. José Miguel Júdice







«DICIONÁRIO POLÍTICO DO OCIDENTE»
                António Marque Bessa
     Prefácio do Professor Adriano Moreira


Editorial Intervenção, Lda.
Braga - Lisboa
Copyright - 1979 - António Marque Bessa
Edição nº 27
333 págs.

O então jovem político, hoje Professor universitário com vastíssima obra publicada, vem a terreiro das ideias e do esclarecimento e combate político, na esteira de obras por si publicadas - tais: «Introdução à Etologia» (1978). «Ensaio sobre o fim da nossa Idade» (1977) e em colaboração com Jaime Nogueira Pinto, «Introdução à Política» (1977) - , publicar uma obra que na altura se revelava de urgente necessidade: pôr ordem nas ideias!

De resto, António Marques Bessa, logo de início, esclarece que já tinha sido editada em Espanha uma obra sua intitulada «Diccionario político para Occidente», em coautoria com J. Vargas publicada em 1978 por Alberto Vassallo de Mumbert! Esta obra apoiada e encorajada por A. Vassallo de Mumbert, foi a primeira versão, em espanhol, da obra aqui referida e serviu de base de trabalho para a presente versão portuguesa!

O autor pretendeu elaborar um dicionário que na época se tornava necessário, como de resto aconteceu com «Introdução à Política», pois o ambiente em que as pessoas estavam mergulhadas era de uma extrema confusão e oportunismo, devidos em grande parte à divulgação de uma certa «Escolástica» que se servia da chamada doutrina democrática para levar a água ao seu moinho.

Das 333 págs. que compõem o livro, o que se deve entender por «Dicionário», isto é, os termos da Ciência Política, elencados por ordem alfabética ocupam a esmagadora maioria do espaço e são quase todas da autoria de A.M.B. Nada mais nada menos que da pág.21 à 333! O Autor teve para alguns termos a colaboração de pessoas  de reconhecida autoridades na matéria!

COLABORAÇÃO ESPECIAL DE:

José Miguel Alarcão Júdice (Constituição Portuguesa de 1976; Gonçalvismo).

Jorge Borges de Macedo (Conservadorismo, Marcelismo, Salazarismo, Sebastianismo).

Giovanni Davoli (Civilização).

Rafael Gambra Ciudad (Tradição)

O. Junyent (Hitler, Nacional-socialismo-ideologia, Nacional-socialismo-regime).

Henry Keith (Liberalismo americano).

Padre Manuel Lopez Perez (Doutrina Social da Igreja).

Domingo Manfredi Cano (Brigadas Internacionais, Clientela, Comício).

Jaime Nogueira Pinto (Apartheid, Bonapartismo, Cesarismo, Democracia, Direita nacional,
         Eurosocialismo, Legitimidade democrática, Maquiavelismo, Regime português,
         Salazar, Teocracia, Tirania).

Isidro Palacios Tapias (Conservador)


O Professor Adriano Moreira afirma logo no início de um ´Prefácio` de grande capacidade de síntese e densidade: «As ciências sociais nunca tiveram vida fácil em Portugal, e uma das pequenas razões conhecidas é que os governantes, sem para tanto necessitarem de se proclamar autoritários, não gostam que se divulguem as técnicas que permitem submeter à análise os mecanismos de funcionamento das sociedades civil e política.»

Ao Prefácio segue-se uma introdução de António Marque Bessa:

«UMA LINGUAGEM, 
   UM DICIONÁRIO»


«As palavras, arbitrariamente manipuladas, em vez de clarificar as questões em debate, ajudam a manter a ambiguidade, que é o objetivo de qualquer classe política bem sucedida.

Ora, o remédio para uma situação como esta parece ser, mais que um dicionário, um guia - um dicionário crítico, para  as pessoas que entendam dever assumir uma atitude crítica perante a linguagem que se utiliza na esfera do poder.


Portanto, este Dicionário também se inscreve numa finalidade didática: pretende desintoxicar, orientar, apresentar factos, ser uma tabela de referência para o desvario que deu nos cérebros orgulhosos do nosso tempo. É então um dicionário ´contracorrente`. (A.M.B.)





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